sexta-feira, 28 de setembro de 2007

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Abertura do último dia do evento.

No último dia do evento: o setor de Tecnologia da Informação no cenário atual de Pernambuco

O seminário “Inova: Educação e Tecnologia como propulsoras da economia: perspectivas, desafios e oportunidades para o desenvolvimento econômico” chegou ao terceiro e último dia levantando a questão do setor de Tecnologia da Informação e o contexto em que ele está inserido em Pernambuco. Mais uma vez a necessidade de uma melhor qualificação profissional esteve em evidência e foi pauta de discussão. A programação durou o dia todo e contou com a apresentação de dados de pesquisas sobre a atual situação do setor de T.I. no Estado e mesas de discussão.

No início da manhã, Francisco Saboya, presidente do Porto Digital, apresentou, em primeira mão, o resultado de uma pesquisa amostral feita este ano e concluída ontem que serviu como uma espécie de mapeamento das dificuldades para o crescimento da área de T.I. no Estado. A pesquisa, realizada pelo Porto Digital em parceria com ADE Brasil (Academia para o Desenvolvimento da Educação), escutou três universos: empresas de T.I. localizadas na RMR; instituições (públicas e privadas) de ensino e ONGs que realizam cursos capacitações e treinamentos na área; e estudantes de T.I.. Das 93 empresas existentes, 54 foram entrevistadas. Das 36 instituições locais, 27 foram ouvidas. Dos 5 mil alunos, 315 foram escutados.

O resultado trouxe informações imprescindíveis para o entendimento do atual cenário de T.I. e de uma problemática existente no Estado. De acordo com os dados apresentados, o que se pode observar é uma expressiva falta de sintonia entre os três universos pesquisados. No quesito da formação profissional, essa falta de entendimento ficou bastante evidenciada. Para o mercado, o aluno que chega das escolas não têm condições de empregabilidade, 63% das empresas acreditam que as instituições não formam bem os alunos. Já 93% das instituições de ensino acham que estão cumprindo bem o papel formando adequadamente os estudantes. Os alunos, por sua vez, em 75%, concordam com as instituições.

“Esse quadro de assimetria condena o setor de Tecnologia da Informação a uma ineficiência estrutural. Tem que haver uma sintonia entre os centros formadores e o mercado de trabalho”, disse Saboya. De acordo com o presidente do Porto Digital, diante da falta de preparo dos jovens da área que chegam ao mercado, as empresas acabam tendo que investir na capacitação, o que para os empresários isso representa um gasto a mais. Os cursos de formação profissional são muito altos no Recife.

Ainda de acordo com a pesquisa, as empresas acreditam que falta conhecimento, prática e atualização com o mercado de trabalho, na formação profissional dos alunos. Apesar disso, para a maioria dessas empresas o curso que melhor forma o estudante é o de nível superior. Sobre os profissionais da área, o estudo revela que cerca de 70% vem de escolas privadas. Em relação à empregabilidade, 66,7% dos profissionais da área estão empregados, e 89,5% trabalham na área de T.I. A maioria dos profissionais entrevistados está em seu primeiro emprego, trabalhando há um ano ou menos, e desempenhando a mesma atividade do início.


O trabalho também apresentou outros dados interessantes como, por exemplo, a representatividade econômica do setor no Estado. No universo empresarial, o faturamento, em 2006, do setor de T. I. foi de R$ 679 milhões. Até setembro de 2007, o setor empregou 12.066 profissionais, sobretudo em empresas que desenvolvem software e sistemas, e que prestam serviços, fazem capacitações e consultoria. Outra informação curiosa da pesquisa foi a pouca participação da mulher nesta área. A mulher representa apenas 29% dos trabalhadores das empresas, enquanto que os homens somam 71%, uma realidade registrada também nas universidades.

Edmundo Godoy inicia o debate.

Mesa 1 - Após a apresentação de Francisco Saboya, uma mesa de discussão foi formada para comentar os dados da pesquisa. Dentre os participantes: Edmundo Godoy de Mendonça (presidente da ASSESPRO/PE – Associação das Empresas brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet); Joaquim Costa (diretor-presidente da Agência Estadual de Tecnologia da Informação); Alexandre Mota (coordenador do curso de Ciências da Computação do Centro de Informática da UFPE); e Jeyvison Andrade, do diretório acadêmico do curso de Ciências da Computação da Universidade Católica de PE.

A primeira palavra foi de Edmundo Godoy que falou das dificuldades que os empresários do setor enfrentam no Estado: “a gente está fazendo mágica para manter as nossas empresas. Sabemos que a tecnologia é promissora para o futuro do Estado, mas ao mesmo tempo, por exemplo, estamos rezando para conseguir vaga, pelo menos, para fazer a 2ª ou 3ª linha do Porto de Suape. A realidade é que as nossas empresas não têm qualificação para isso”. De acordo com Edmundo, a discussão sobre o perfil dos profissionais da área é muita antiga, equivalente à idade do setor.

“Se o mundo evolui, o perfil do profissional tem que evoluir também. A gente tem que ter profissionais preparados para fazer muitas coisas com inovação. Emprego existe desde que os estudantes se preparem”, acrescentou o presidente da ASSESPRO-PE. Comentando a pesquisa, Godoy falou sobre a importância do conhecimento de língua estrangeira: “A questão da língua inglesa e espanhola é muito importante. Daqui a alguns anos a maioria dos nossos clientes vai ser de fora. Se não houver uma política pública para incentivar a capacitação dos profissionais, fica difícil”.

Joaquim Costa, diretor-presidente da ATI, seguiu a discussão falando da importância de debates como este para o melhoramento do atual quadro em que se encontra o setor de T.I. Falou, também, da função que a ATI desempenha no Estado, da responsabilidade de regular a parte de informática e da escassez de profissionais da área nas próprias secretarias do Estado. Mais uma vez foi batida a tecla da má formação profissional. “A competência profissional é formada por conhecimento técnico e de gestão, habilidades e atitudes. Apenas o conhecimento técnico não é suficiente”, disse Joaquim Costa que concluiu lançando a pergunta: “Será que as universidades, hoje, se preocupam com essas outras questões?”.

A resposta ficou por conta do estudante Jeyvison Andrade: “Existe um abismo sem fim entre as universidades e o mercado de trabalho. Falta comunicação e um planejamento entre os agentes formadores, as empresas e governos no sentido de políticas de ensino que ajudem a transformar essa realidade”.


Jeyvison seguiu falando das dificuldades que os estudantes da área enfrentam no mercado de trabalho: “como podemos suprir essa falta de experiência exigida pelo mercado, se o mercado não oferece estágios suficientes?”. O estudante falou, ainda, dos altos custos para se fazer especializações: “Além de nos formamos, temos que fazer cursos por fora, que custam muito caro. Poucos alunos têm condições de pagar”.

Alexandre Mota, coordenador do curso de Ciências da Computação do Centro de Informática da UFPE (CIN), começou a explanação comentando dados da pesquisa e falando um pouco sobre o contexto em que se encontra o CIN. “No ano passado, numa leva de 75 alunos, apenas 04 vieram de escolas públicas”, disse o coordenador que em seguida acrescentou que a universidade tem se esforçado para mudar essa realidade, lançando programas de incentivo para inserção desses alunos da rede pública. Alexandre falou, também, sobre a preocupação da universidade em oferecer o que o mercado está querendo. “A evolução técnica cresce muito rapidamente. Existe uma preocupação nossa em oferecer disciplinas mais avançadas para atender o mercado, o que já vem sendo estudado”, disse Alexandre Mota.

Início da 2ª Mesa

Mesa 2 – A segunda mesa de discussão teve como tema central as políticas públicas da área de T.I. em países emergentes. Em pauta, questões como: De que forma o setor se comporta em economias emergentes? E, fazendo um comparativo, como está o Brasil em relação aos outros países? Na formação da mesa: Dennis Foote (diretor de tecnologias aplicadas da Academy for Educational Development); Carlos Ferraz (presidente do Centro de Estudos de Sistemas Avançados do Recife): e Arnóbio Gonçalves de Andrade (secretário-executivo de tecnologia e inovação em educação da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente).

Dennis Foote começou a explanação mostrando recortes de três notícias de jornais estrangeiros. Um deles falava sobre a consulta rápida de banda larga no Reino Unido, onde a tecnologia da informação fica nas mãos de empresas privadas e o governo atua como órgão regulador. Uma outra notícia falava dos EUA, e apresentava duas declarações: uma defendia a aplicação de impostos para as empresas de T.I., e a outra pedia um maior incentivo para área. O terceiro recorte de notícia falava do potencial da China e da Índia, que se juntaram e vêm obtendo um crescimento contínuo de T.I. De acordo com Foote, a Índia tem pessoas capacitadas em T.I., já a China não possui. No entanto, os trabalhadores chineses podem atuar bem na área de software. Ambos estão se esforçando para juntar os dois países e entrarem na competitividade mundial. Dennis acredita que o Brasil também pode crescer no setor de T.I.

Para Foote existem fatores que impedem o crescimento do setor, tais como: o fraco investimento, as políticas inadequadas, burocracias excessivas, educação ineficiente. “É necessário a construção de uma melhor infra-estrutura, com a participação dos setores públicos e privados. É preciso preparar os estudantes para daqui a 15 anos, investir na educação nacional e em pesquisas, implementar programas e políticas públicas para atrair negócios e investimentos”, disse Dennis que, em seguida, deu o exemplo de sucesso que a Nigéria vem alcançando após uma reformulação no setor de tecnologia do país, onde agora são investidos cerca de 2% do orçamento nacional para o desenvolvimento da área.
Carlos Ferraz, do CESAR, levantou questões sobre a área de pessoal, infra-estrutura e negócios do setor de T.I. Falou da importância de se estudar língua estrangeira: “A falta de inglês inviabiliza negócios. Os profissionais precisam ser excelentes em língua estrangeira”. De acordo com Carlos Ferraz, o Brasil tem uma baixa qualidade de formação. Ele disse que aqui existem mais de mil cursos de computação. Destes saem, em média, 20 mil estudantes por ano sem preparo suficiente. O presidente do CESAR se mostrou preocupado, também, com a diminuição de interesse pela área de educação do setor tecnológico: “Há um déficit de profissionais na área, e isso é no mundo todo. Na Índia esse déficit é de 40 mil por ano. No Brasil é de 17 mil”.

Carlos Ferraz disse que o mercado se sofisticou e precisa de gente de qualidade, de parcerias com multinacionais, empresas que pensem em exportação. “É preciso implantar robusta e contínua uma estrutura agressiva de empreendedorismo. Aqui existe um medo enorme de arriscar, de ousar”, disse Ferraz. O presidente do CESAR falou, também, da necessidade de se melhorar as condições de infra-estrutura do setor, e citou como exemplo a falta de vôos diretos para o exterior, principalmente para os EUA, o que dificulta fechamentos de negócios.

Finalizando a exposição da segunda mesa do dia, Arnóbio Gonçalves de Andrade, da SECTMA, falou das ações e planos que o governo do Estado está fazendo para melhorar a situação do setor de T.I.. De acordo com Arnóbio, apesar do Estado ainda não ter uma política específica para o setor de T.I., o governo está implementando ações estratégicas de apoio a inovação e modernização, a exemplo da preparação de programas para a formação profissional.

No final da tarde, os participantes do evento se reuniram para montar um plano de ação a partir do que foi discutido nos três dias do seminário. O Inova aconteceu no auditório do Hotel Recife Palace, em Boa viagem, e contou com a presença de estudantes e representantes de instituições de ensino, terceiro setor, empresas privadas e sociedade civil. Todos reunidos para discutir a questão da educação dos jovens, aliada a tecnologia, como alicerce para a mão-de-obra qualificada e desenvolvimento do país. O evento durou três dias e foi uma iniciativa da ONG ADE Brasil (Academia para o Desenvolvimento da Educação).

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Palestra de Marcos Magalhães

No segundo dia do seminário “Inova: Educação e Tecnologia como propulsoras da economia: perspectivas, desafios e oportunidades para o desenvolvimento econômico”, o tema central de discussão foi a nova economia de Pernambuco e a qualificação profissional. No auditório do Hotel Recife Palace, em Boa viagem, durante todo dia, estudantes e representantes de instituições de ensino, terceiro setor, empresas privadas e sociedade civil estiveram reunidos para discutir a questão da educação dos jovens, aliada a tecnologia, como alicerce para a mão-de-obra qualificada e desenvolvimento do país. A programação contou com palestras e mesas de discussões.


O evento teve início às 9h, com a palestra de Marcos Magalhães, presidente do ICE (Instituto de Co-Responsabilidade de Ensino) e do conselho da Philips, que falou sobre as ações e iniciativas do setor privado na melhoria da capacitação profissional. “Não existe crescimento econômico sem desenvolvimento tecnológico. E tecnologia significa conhecimento, e conhecimento vem da educação”, disse o presidente do ICE acrescentando, em seguida, que os países que mais investem em educação são os mais competitivos. “E nós não temos uma população educada, letrada. O Brasil tem apenas 1/3 da população na escola e poucos alunos nas universidades. A conseqüência disso pode ser observada na baixa qualidade profissional, baixa produtividade, consumidor pouco exigente”, disse Marcos.


O palestrante prosseguiu falando sobre o grande desafio do Brasil: “Somos o 10º PIB do mundo e o 69º país em IDH, ou seja, não conseguimos distribuir adequadamente a riqueza do país. Precisamos transformar o crescimento econômico em equidade social. E o mundo ainda não encontrou outro caminho de equilíbrio social sem ser pela educação”. Marcos Magalhães mostrou dados importantes sobre o atual cenário da educação brasileira: “Nós somos um país de semi-analfabetos, onde 70% da população do Brasil não sabe ler, e 80% não sabe calcular uma percentagem. A média brasileira, na 4ª série, em língua portuguesa é de 2,2, e 80% das escolas públicas brasileiras não têm biblioteca. Aqui o professor finge que ensina e o aluno finge que aprende”.


O presidente do ICE complementou dizendo que a degradação da educação acontece no país todo. “Temos que repensar a governança da rede educacional brasileira, o sistema de avaliação. A escola não gosta de avaliar. O nosso modelo pedagógico é defasado, foi rejeitado no mundo todo”, disse o palestrante. Marcos Magalhães falou, ainda, sobre a importância do engajamento do setor empresarial na área educacional: “Temos que fazer influir, transformando boas práticas em políticas públicas. Temos que atuar junto aos órgãos públicos para melhorar a educação. Afinal de contas, nós também somos prejudicados com essa falta de educação, o que é evidenciado na desqualificação de mão-de-obra”.


Concluindo a explanação, o empresário falou sobre as iniciativas e ações na área de educação que o ICE, junto com entidades empresariais e órgãos públicos, está desenvolvendo no Estado. O PROCENTRO (Programa dos Centros de Ensino Experimentais) é um exemplo dessas ações. O programa, que prioriza, sobretudo, o ensino médio, está sendo aplicado em 20 escolas de Pernambuco (a exemplo do Ginásio Pernambucano), do interior e Região Metropolitana do Recife, e segue um modelo de organização social, com um conselho gestor e um diretor. No PROCENTRO, os professores da rede são selecionados por uma avaliação e, se aprovados, recebem capacitação para começarem a ensinar. Os alunos também passam por uma seleção para fazer parte do Programa, que propicia aos beneficiados um período de tempo integral na escola, cursos profissionalizantes, e biblioteca e laboratórios funcionando. “Se você der condições para o jovem de aprender, ele responde. No Enem, os alunos do GP tiveram desempenho superior a média de todo o BR, e no vestibular, bons índices de aprovação”, concluiu Marcos Magalhães.

Mesa de discussão

O seminário teve continuidade com uma mesa redonda formada por Alberto Sabino Galvão (secretário executivo de planejamento e gestão da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de PE), Antônio Sotero (representante da Federação das Indústrias do Estado de PE e do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), e Antônio Carlos Maranhão (diretor regional do SENAI-PE). O tema central foi “Mercado de Trabalho, educação e o papel do setor privado: existe sinergia nas áreas para a formação profissional? Qual o peso da formação e qualificação da mão-de-obra na competitividade do estado?”.

Alberto Sabino iniciou a discussão apresentando os novos projetos que estão chegando a Pernambuco. Falou sobre os investimentos e a importância do incremento do Porto de Suape para o Estado. De acordo com Sabino, Pernambuco está preparando uma série de ações de capacitação, que envolvem o reforço escolar e pesquisa sócio-profissional, para atender a demanda desse mercado que está surgindo. “A gente espera que o Estado, no final de quatro anos, esteja com a cara nova. As expectativas são muito positivas para os jovens, desde que se capacitem e se preparem para estes anos”, disse o secretário, que finalizou a explanação ressaltando a importância do investimento na educação e capacitação para a absorção da mão-de-obra do Estado.


Quem seguiu a mesa de discussão foi Antônio Sotero, da FIEPE e PROMINP, reforçando a questão dos investimentos estruturadores de PE e os desafios do mercado de trabalho. De acordo com Sotero a FIEPE está trabalhando, junto ao Sistema S, para inserção dos pernambucanos (profissionais e indústrias) nesses investimentos que causarão impacto na economia do Estado. Antônio Sotero enfatizou, através de números, a importância da Refinaria de Petróleo, das Plantas Petroquímicas e do Estaleiro para o Estado. Falou também do PROMINP e das ações na área de qualificação profissional: “Precisamos capacitar 112.625 profissionais para a área de Petróleo e Gás. Como plano de ação, propomos uma avaliação para a seleção, reforço na escolaridade, capacitações e cursos específicos”. Sotero concluiu a explanação com a seguinte frase: “tudo que pode ser feito em PE tem que ser feito para PE e por pernambucanos”.


Após Antônio Sotero, foi a vez de Antônio Carlos Maranhão dar continuidade a discussão. O presidente regional do SENAI começou a explanação citando um pensamento de Peter Drucker, uma espécie de guru da administração de empresas, que diz mais ou menos assim: “não interessa se a empresa quer atender apenas o mercado da cidade ou do bairro onde está localizada. O objetivo do mercado pode ser local, mas a concorrência é mundial”. Com esse pensamento, Antônio Carlos Maranhão falou da importância de se observar as novas tendências mundiais: “a casa do homem é o mundo, e as empresas estão no mundo inteiro. Precisamos de profissionais mais universalizados em sua base”.


O presidente regional do SENAI disse que educação profissional não pode se desarticular da educação básica e que a sua visão tem ir para além da economia. “Precisamos de cabeças pensantes. O perfil do trabalhador do século XXI mudou. O que os trabalhadores faziam antes com os braços, as máquinas o fazem hoje”, disse Maranhão, que também enfatizou a importância do investimento na educação, nos cursos técnicos e o engajamento do setor empresarial nesse contexto, sobretudo na especialização de mão-de-obra.

Grupo de discussão - Segundo dia do evento



Na parte da tarde, dados e informações sobre o PROCENTRO foram apresentados e os palestrantes ficaram à disposição dos ouvintes para responder perguntas, tirar dúvidas e dialogar com grupos de discussões. Estes grupos participaram da elaboração de uma pauta de sugestões, a partir do que foi visto durante o dia e de suas experiências sociais, para que ao final dos três dias de seminário seja construído um plano de ações. O Inova vai até o dia 27 de setembro e é uma realização da ONG ADE Brasil (Academia para o Desenvolvimento da Educação).

Inova no JC

Jornal do Commercio 26/09/2007

Evento discute TI e Educação Seminário Inova de Educação e Tecnologia se encerra amanhã, com divulgação de pesquisa sobre perfil de qualificação exigido por empregadores Vai até amanhã o Seminário Inova de Educação e Tecnologia, promovido pela organização não-governamental (ONG) Academia para o Desenvolvimento da Educação do Brasil (ADE Brasil). O Seminário ocorre no Hotel Recife Palace. O evento discute o impacto da educação no desenvolvimento econômico do Estado. Um dos momentos mais esperados é a divulgação, amanhã, de uma pesquisa encomendada pelo Porto Digital e realizada pela própria ADE Brasil sobre o perfil de qualificação exigido pelos empregadores, bem como o tipo de profissional que está entrando no mercado.

Em cada dia do ciclo de seminários será abordado um tema diferente. Hoje, o tema é a sinergia entre educação, formação profissional e produtividade. Os trabalhos começam com a palestra do presidente do Instituto Co-Responsabilidade de Ensino (ICE) e presidente do conselho da Phillips, Marcos Magalhães.

Em seguida, haverá debate com o tema Mercado de trabalho, educação e o papel do setor privado: existe sinergia nas áreas para a formação profissional?, com o secretário executivo de Planejamento e Gestão da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (SDEC), Alberto Sabino Galvão, além do diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Pernambuco (Senai-PE), Antônio Carlos Maranhão.

Na parte da tarde, a discussão continua com o tema O papel do setor privado na mobilização de iniciativas de educação e formação profissional.

Amanhã, as atividades abordam o papel da indústria de TI para a economia de Pernambuco. O presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, apresentará a pesquisa realizada pelo ADE Brasil, que mapeia a demanda e a formação do profissional de TI no Estado.

Os resultados do estudo serão debatidos ainda pela manhã, com a presença do presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro), Edmundo Godoy de Mendonça, além do coordenador do curso de ciência da computação da UFPE, Alexandre Mota, e do diretor-presidente da Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI), Joaquim da Costa. O debate será mediado pelo repórter deste JC, Jacques Waller.

O evento segue com o debate sobre políticas públicas na área de TI em países emergentes, com o presidente do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), Carlos Ferraz, além do secretário-executivo de Tecnologia e Inovação em Educação da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sectma), Arnóbio Gonçalves de Andrade e o presidente do Softex-PE, José Cláudio Oliveira.

LINK: http://jc.uol.com.br/jornal/2007/09/26/not_250749.php

Inova no Portal Pernambuco.com

Seminário debate tecnologia e educação A partir desta terça-feira (25) o impacto da educação no desenvolvimento econômico de Pernambuco será discutido no seminário Inova: Educação e Tecnologia como propulsoras da economia: perspectivas, desafios e oportunidades para o desenvolvimento econômico. Durante três dias, o evento vai reunir os setores públicos e privados, organizações não-governamentais e estudantes para debater assuntos ligados ao tema.

A proposta é de que, juntos, os representantes de cada entidade possam discutir como a qualificação de mão-de-obra – especialmente para o setor de Tecnologia da Informação – poderá influenciar o crescimento do Estado. O seminário acontece no Hotel Recife Palace.

Os três dias do seminário serão temáticos. O primeiro dia será voltado para a educação como caminho para o desenvolvimento para o Brasil. Os principais obstáculos para o desenvolvimento da educação serão abordados pelo mestre em Economia pela Universidade de Yale e consultor do Banco Mundial, Gustavo Ioschpe. A discussão segue com debate entre a consultora internacional da área de educação, Elvira Lima e Clemente Ganz Lúcio, diretor do DIEESE.

No segundo dia, a sinergia entre educação, formação profissional e competitividade será abordada na palestra de Marcos Magalhães, presidente do conselho do Instituto Co-Responsabilidade de Ensino (ICE). As discussões prosseguem com debate com Jenner Rego (AD/Diper) e o consultor Francisco Cunha, da TGI. No último dia, as apresentações serão em torno do papel da indústria da Tecnologia da Informação para a economia de Pernambuco, com a participação de Sérgio Amadeu Silveira, ex-diretor do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), do presidente do Porto Digital Francisco Saboya e de Dennis Foote, diretor de tecnologias aplicadas da AED.

Mais informações e inscrições: www.adebrasil.org.br/inova

Da Redação do PERNAMBUCO.COM

LINK: http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=2007924163635&assunto=79&onde=1

Matéria do Inova no Jornal do Commercio

Jornal do Commercio 21/09/2007

Seminário vai discutir a importância de capacitar A importância da capacitação dos profissionais do setor de tecnologia da informação (TI) para a economia de Pernambuco será discutida no Seminário Inova, que terá como tema a Educação e tecnologia como propulsoras da economia: perspectivas, desafios e oportunidades para o desenvolvimento econômico. O evento será realizado nos próximos dias 25 e 27, pela organização não-governamental (ONG) Academia para o Desenvolvimento da Educação, Brasil (ADE Brasil). Os diversos atores envolvidos no desenvolvimento de capital humano para o setor estarão reunidos no evento: instituições de ensino, empresas privadas, terceiro setor, governo e sociedade civil.

O tema abordado no primeiro dia do Seminário será a educação como caminho para desencadear um ciclo de desenvolvimento para o Brasil. O mestre em Economia pela Universidade de Yale e consultor do Banco Mundial, Gustavo Ioschpe, palestrará sobre os principais entraves da educação. Em seguida, haverá debate entre Elvira Lima, consultora internacional da área de educação, e Clemente Ganz Lúcio, diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese).

No segundo dia, o professor Marcos Magalhães, presidente do conselho do Instituto Co-Responsabilidade de Ensino (ICE), tratará da sinergia entre educação, formação profissional e competitividade. Assunto que será debatido posteriormente pelo presidente da AD Diper, Jenner Guimarães, e pelo consultor Francisco Cunha, da TGI Consultoria em Gestão.

O papel da indústria de TI para a economia de Pernambuco será abordado no terceiro dia do evento pelo presidente do Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD), Francisco Saboya, por Dennis Foote, diretor de tecnologias aplicadas da ADE, e por Sérgio Amadeu Silveira, ex-diretor do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI).

Mais detalhes sobre a programação do seminário, que acontecerá no Recife Palace, podem ser encontrados no site www.adebrasil.org.br/inova

LINK:

http://jc.uol.com.br/jornal/2007/09/21/not_249999.php

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Cláudia Lira (vice-presidente do conselho da ADE Brasil): “Temos uma oferta grande de mão-de-obra e poucas vagas. As poucas vagas que existem são oferecidas a quem está mais preparado para o mercado de trabalho. É preciso, então, que haja um diálogo entre o sistema de ensino e a formação profissional”.

Grupo de discussão


Na parte da tarde, dados educacionais do DIEESE de PE foram apresentados e os palestrantes ficaram à disposição dos ouvintes para responder perguntas, tirar dúvidas e dialogar com grupos de discussões. Estes grupos participaram da elaboração de uma pauta de sugestões, a partir do que foi visto durante o dia e de suas experiências sociais, para que ao final dos três dias de seminário seja construído um plano de ações. O Inova vai até o dia 27 de setembro e é uma realização da ONG ADE Brasil (Academia para o Desenvolvimento da Educação).

Integrantes da mesa


A mesa de discussão teve início no final da manhã, com a participação de Lavínia Moura (Coordenadora do projeto de qualificação profissional do DIEESE), José Armando Valente (Professor doutor da UNICAMP, especialista em educação utilizando a tecnologia de informação), e Eric Rusten (diretor de novos empreendimentos da AED – Academy for Educational Development, EUA). O tema central foi a pergunta: Qual a educação necessária para o Brasil engrenar em um ciclo de desenvolvimento? Lavínia Moura iniciou a explanação falando sobre a desigualdade na educação, a falta de mão-de-obra qualificada, e sobre como o DIEESE vê o aspecto educacional como uma dimensão importante para o desenvolvimento. “A educação garante não só a cidadania, mas a inserção e permanência do jovem no mercado de trabalho”, disse a representante do DIEESE, que complementou dizendo que a educação dialoga com vários outros segmentos e reforçou a importância da integração de outros setores na busca por soluções.

Quem seguiu a discussão da mesa foi o professor da UNICAMP, José Armando Valente, que dimensionou a questão da necessidade de se construir novos conceitos de aprendizagem. “Primeiro é preciso entender a diferença entre ensinar e aprender. A escola deveria ser geradora de conhecimentos e não apenas uma transmissora de informação”, revelou Valente. O professor disse, ainda, que a educação brasileira trabalha conceitos inversos de ensino. “A escola prioriza muito a questão do conceito e deixa a ação para depois, o que não é bom para os alunos”, completa. O professor acrescenta que o uso da tecnologia disponível faz a gente entender como é que sendo usado esse conceito de ensino.

Discussão de Eric Rusten


Após a apresentação de José Valente, foi a vez do representante da AED, Eric Rusten seguir a discussão. O americano disse que teve oportunidade de visitar 80 escolas públicas em todo o Brasil, e que pode ver escolas terríveis e outras notáveis. Viu, também, o esforço dos professores lutando contra a falta de recursos. Eric abordou temas como o paradoxo existente hoje no Brasil e em Pernambuco, entre a demanda do mercado e a procura de emprego pelo jovem. “Vejo empresas locais oferecendo vagas, mas importando profissionais. Enquanto que muitos jovens formados estão na busca desesperada por um emprego. As coisas não estão conectadas”, ressaltou Rusten que complementou dizendo que todos esses jovens precisam de habilidades para atender à demanda das empresas, e a falta dessa habilidade está criando um grave problema. “É tempo de agir e de se investir numa reforma educacional sistêmica, com um melhor gerenciamento”, conclui Eric Rusten.

Seminário Inova discute a empregabilidade de jovens no Brasil

No primeiro dia do evento: A relação da educação e o desenvolvimento no Brasil.

Durante a manhã e a tarde de hoje, representantes de instituições de ensino, terceiro setor, empresas privadas e sociedade civil se reuniram em Boa Viagem, no Hotel Recife Palace, para discutir a questão da empregabilidade de jovens no Brasil. Neste primeiro dia do seminário - intitulado Inova: Educação e Tecnologia como propulsoras da economia: perspectivas, desafios e oportunidades para o desenvolvimento econômico - o tema central de discussão foi a importância da educação para o desenvolvimento do Brasil. A organização do evento convidou nomes de peso para ministrar palestras e compor mesas de discussão.

Gustavo Ioschpe, economista especialista em educação e consultor de projetos do Banco Mundial/PNUD para o MEC, foi quem deu o pontapé inicial no seminário falando sobre a educação como combustível para o desenvolvimento econômico e os desafios do cenário brasileiro. Durante a explanação, Gustavo revelou indicadores que evidenciaram a precariedade da educação no país, e disse que o problema é bem mais amplo, e que o sistema como um todo é defasado, começando pelo ensino fundamental. “Em plena Era do Conhecimento, enquanto existem países de sucesso massificando o seu ensino universitário, o Brasil populariza a ignorância: 74% da população brasileira não consegue entender um texto simples, apenas ¼ consegue entender o que está lendo”, revela Ioschpe.

O economista disse, ainda, que 32% das nossas crianças repetem a 1ª série do ensino fundamental, e o restante que é aprovado, muito provavelmente não recebeu uma educação de qualidade. Disse ainda que apenas 25% da população conseguiram se matricular no ensino superior. “Ao contrário do que muitos pensam, o problema não é a falta de recursos, não é o quantitativo, e sim o qualitativo”, complementa Gustavo. De acordo com Ioschpe, o Brasil gasta em torno de 4% a 5% do PIB em educação, taxa equivalente ao que outros países desenvolvidos investem na área. O que acontece é que o nosso investimento é mal feito. “Vai muito dinheiro para onde não deve ir, e pouco para onde realmente se deve”, disse o economista.

De acordo com Ioschpe, após 30 anos de discussão em torno do tema da educação, estudos e pesquisas revelam que países que conseguem aumentar o nível de escolaridade em um ano, geram crescimento econômico de 7% a 9%. O economista afirma que as soluções para o problema da educação no Brasil não são simples e que envolvem a participação de todos os setores da sociedade. A mudança pode começar com aspectos mais próximos como a importância da participação dos pais no processo. “Os pais têm que agir, incentivando os filhos, dando importância à educação em casa, acompanhando o processo educativo, exigindo melhorias das escolas. Os professores, por sua vez, devem ter um maior domínio sobre o conteúdo, passar dever de casa, aplicar uma quantidade maior de avaliações”, acrescentou Gustavo que propôs, ainda, a cobrança de uma taxa aos alunos ricos que estudam em universidades públicas, que serveria como recurso para a educação básica.

ADE Brasil

A Academia para o Desenvolvimento da Educação, Brasil (ADE Brasil) é uma organização não-governamental que tem como missão transformar a realidade de pessoas em situação social crítica, por meio de ações de qualidade nos âmbitos social, educacional e profissional, levando a resultados concretos e contribuindo para o desenvolvimento humano sustentável.

http://www.adebrasil.org.br

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Inova - Educação e Tecnologia.

A ADE Brasil (Academia para o Desenvolvimento da Educação), em parceria com a AED (Academy for Educational Develpoment) e com financiamento da USAID1 (Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional) realizam o evento: "INOVA: Educação e Tecnologia como propulsoras da economia: perspectivas, desafios e oportunidades para o desenvolvimento econômico."

O evento será realizado nos dias 25, 26 e 27 de setembro de 2007 das 08h30 às 12h30, no Hotel Recife Palace - Av. Boa Viagem, nº 4070, Boa Viagem, Recife-PE.

O objetivo do evento é agregar os conhecimentos dos diversos setores - privado, particularmente empresas de TI, instituições educacionais, governo e sociedade civil - para identificar a lacuna existente entre a demanda do mercado e a oferta de mão de obra qualificada em Pernambuco, além de discutir soluções que permitam atingir e acelerar o desenvolvimento econômico no estado e outras regiões do país e do mundo. O objetivo é que ao final do evento, tenha-se um Plano de Ação a partir dos temas discutidos e sugestões lançadas nas palestras, mesas e grupos de trabalho.

Este evento é gratuito. Veja a programação e faça sua inscrição!

Haverá manobrista exclusivo para o evento.